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A humanidade vive um momento muito especial. Este vírus provoca uma crise ampla, em todos os setores que afetam a vida dos seres humanos na terra, uma crise tão profunda que não se fala mais em guerras, que não se fazem mais retaliações. Todas as energias estão concentradas em um único foco: por um ponto final nesta pandemia. Como a ameça é geral, não há possibilidades de soluções locais duradouras. Mesmo quando o sentimento não é principal alavanca, a inteligência movimenta as lideranças ( com raríssimas execeções ) pelo caminho da solidariedade.
As questões de saúde, de prevenção de tratamento, as questões relacionadas com o impacto econômico estão muito bem analisadas por especialistas e diversas ações vêm sendo tomadas no sentido de amenizar num primeiro momento e buscar soluções mais efetivas com o passar do tempo, pois tudo é muito novo e exige muito aprendizado, mesmo por parte de quem tem autoridade na área, conforme humildemente confessam diversos profissionais
O meu objetivo aqui é apenas desenvolver uma reflexão sobre o imponderável que está por trás deste evento mundial. Os infectologistas, os epidemiologistas, os economistas, todos os envolvidos na gestão desta avalanche viral, os analistas, a imprensa e todos os formadores de opinião que abordam este assunto, seja de ângulo for, lidam com a lógica acadêmica, com dados numéricos e com projeções baseadas nestes dados. As projeções, entretanto, não se confirmam e a insegurança invade a mente dos seres que estão acostumados com as soluções tecnológicas, com a objetividade cartesiana. Longe de mim, negar a contribuição da ciência acadêmica e da tecnologia e nem tão pouco menosprezar os filósofos que desenvolvem conceitos em linha com estes valores.
A palavra crise, originária do grego, Krisis, traz consigo um conceito universal: um momento grave, dicisivo que vai desencadear uma renovação. A incerteza sobre o desfecho é geral, principalmente para aqueles que caminham pelos paradigmas de uma lógica dogmática. Ela, porém, está aí e é maior do que o Corona Virus. A pandemia vai passar, mas a transformação que ela antecede, com certeza, constrangerá o mundo a mudanças muito profundas. Vamos precisar de bastante sensibilidade para nos adptarmos. A renovação afetará, penso eu, todos os setores, inclusive o mundo dos negócios. Uma nova ética deve emergir das entranhas desta crise e, creio eu, teremos um mundo melhor que entra numa nova fase de evolução.
Não é a lógica que tem conduzido as nossas atitudes que me trazem este olhar, mas o sentimento e a certeza interior, podemos chamar de fé, de que estamos nesta estrada!

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